Pastora Camila Paloschi
Publicado em 04/04/2023
Muitos de nós aceitamos Jesus por conveniência, ainda não tivemos entendimentos e entrega real com Deus, isso acontece nas igrejas brasileiras hoje, passado até um, dois ou três anos após batismo, de repente somos confrontados pelo Espírito e normalmente nesse momento desistimos da caminhada, deixamos a igreja, porque é revelado a podridão que ainda existe em nós, ainda há coisas, pecados em nós. Se ainda não vivemos uma vida abundante, se ainda há muitas trevas, e não estamos falando de tempos difíceis, estamos falando de trevas, porque as circunstâncias em nossa volta não mudam, o que muda somos nós, mas o nosso coração em meio a tempestade deve estar em paz, mas se a paz ainda não habita em nosso coração, ainda estamos com raiz de amargura, precisamos de cura, se ainda temos em nós sentimentos de necessidade de aprovação, ainda vivemos escravos de amargura. Simão era um crente raso, infelizmente muitos de nós ainda somos crentes rasos, nós observamos e vamos aonde a multidão vai, não experimentamos e não nos entregamos totalmente, ainda somos aqueles não tem o arrependimento genuíno, que não deixamos o Senhor esquadrinhar nosso coração, aquele que ainda não se permite ser confrontado, vejam todo aquele que ainda tem raiz de amargura é uma pessoa orgulhosa, que por qualquer coisa com razão ou não ela entra no lugar de injustiça e se fecha lá, e vive um ciclo, ela quer trocar o marido ou esposa, quer trocar o lugar que mora, ela quer trocar a igreja, quer trocar a família, o emprego, o pai a mãe, e logo se torna um ser isolado que nada vai conseguir satisfazer a vida dela. É o crente que passa pelo processo da conversão e do batismo, mas não passa pelo processo da santificação.
Mt 13:22 fala da parábola do Semeador que a palavra cai num coração cheio de espinhos, e esse coração cheio de espinhos também é cheio de desejos pela essa terra, é por isso que a Palavra de Deus é sufocada e não permite que sejamos moldados ou lavados ou construídos segundo a verdade de Deus, então nosso coração é nossa responsabilidade, o nosso coração aonde vai cair a Palavra de Deus é minha, é sua responsabilidade, mas o Espírito santo é o próprio jardineiro, deixe que Ele cuide do seu coração ou desça a casa do Oleiro e deixar que o Oleiro molde você, que Oleiro possa quebrar tudo e fazer de novo. A dor da mudança é forte, mas passa, o amor de Deus é eterno, a alegria da mudança é eterna. O crente que desce na casa do Oleiro e não deixa quebrar tudo, sequer uma lixada a esquerda, talvez só uma corrigidinha, o crente que só observa é o crente que ainda tem raiz de amargura em seu coração, tem ganância, ainda não foi circuncidado, ainda não houve um quebrantamento, um arrependimento, ainda vive sob seus conceitos.
Quanto mais demoramos a nos entregar, mas nossas raízes ficam fortes. Muitos de nós vivem uma vida de engano, somos crentes que ainda chamamos palavrão, que amaldiçoamos o irmão, que queremos vingança, que temos raiva, que vivemos mal humorados, ou seja, uma vida de engano, se não formos totalmente libertos e curados da nossa velha natureza, uma hora a verdade vem, nossas atitudes demonstram o coração amargo que temos, a maneira que reagimos mostra o que ainda habita em nós: é a ira, palavras agressivas, é a crítica, é a indignação, é o julgamento, é a fuga, é a oposição, muitas vezes arrumamos pretexto para desculpar atitudes que não são aprovados por Deus.
Hebreus 12-15: os comportamentos de dores nos machucam e machucam os estão próximos da gente, mas temos um Espírito Santo de bálsamo sobre nossas vidas, estamos vivendo o pouco de Jesus e achamos que estamos abundantes, tá errado, vamos permitir que o jardineiro arranque a raiz de amargura do nosso coração, arranque os espinhos do nosso coração. Existem experiências em nossas vidas desde a infância a vida adulta que causam muitas dores, traumas, precisamos reconhecer isso nas atitudes repetitivas de amargura que fazemos, nesse momento olha para o Senhor e clame: “Senhor cura a minha alma, não posso mais depender mais desses sentimentos, lugares que recebemos as amarguras, pedimos curas”
Melhor é deixar o Espírito Santo nos curar e devolver a alegria ao nosso coração.
Quando vestimos as armaduras de Cristo deveríamos permitir a cura, mas ao contrário disto, deixamos essas raízes crescerem, quando nós não curamos as nossas raízes, ela começa a trazer dúvida sobre a nossa salvação, então vamos a lugares de rompimento da couraça da justiça, você não é mais tão justo, abre uma brecha, arrebenta o cinturão da verdade e você começa a mentir, e estoura tuas sandálias do evangelho da paz e tira a sua paz, e você para de evangelizar, e quebra teu escudo e tua fé já não é mais tão grande, e a raiz envolve na espada a ponto de sufocar a Palavra, isso acontece no nosso coração quando não deixamos o Espírito Santo nos curar. Todos os dias é dia de cura, e esse lugar de amargura, não é lugar de acusação, porque sabemos o quanto sofremos com isso, você não merece isso, porque Jesus não pagou um alto preço para você viver dessa maneira, Jesus pagou um alto preço para você viver livre, alegre, para ser feliz com a tua família, para você ser generoso, para você falar na Palavra, Jesus veio pra nos dar a vida e avida em abundância, e a caminhar feliz com Ele e começar a brotar a alegria em você. A maior arma para vencer a vida de amargura é o perdão, muito difícil, porque o perdão vem da dor, vem da ofensa, porém é necessário passar pelo processo do perdão, da cura da nossa vida, que significa não alimentar as dores, reconhecer que tem um problema, e depois beber da água do Espírito limpando tudo.
O Senhor vem trazendo luz sobre sob teu coração!