Versículo base: João 7:37-38 (NVI)

Contextualização do texto: Ocorria a festa das cabanas ou dos tabernáculos, e, todos os moradores daquela região numa distância de 30 km eram obrigados pela religião a participar. Mais ou menos entre os dias 15 a 30 de outubro seria a data em que a mesma acontecia, onde o povo era levado a ficar por sete dias dentro das cabanas.

A festa possuía dois sentidos. O primeiro era lembrar dos seus ancestrais no período em que eles estiveram no deserto vivendo apenas da sustentação de Deus através de alimentos, águas e outras provisões. Já o segundo era a gratidão por tudo o que viveram no passado e por tudo o que o Senhor estava fazendo naquele tempo em suas vidas nos aspectos de unidade e colheita. Esta celebração nada mais era do que uma obediência a uma Lei de Moisés disposta em Levítico 23:39-44.

Jesus e seus discípulos também viveram este tempo de festa, e, no último dia, sendo este o sétimo, Ele diz em voz alta: alguém tem sede vem a mim e beba. Quem crê em mim do seu interior fluirão rios de água viva. Jesus dizia e ainda nos diz que a água da vida é o hoje, o dia a dia, durante aquele momento em que buscamos algo para preencher os nossos corações, sendo esta a nossa necessidade espiritual.

Nós, se ficarmos três dias sem beber água morreremos por sua falta, e, ao perceber esta necessidade, Jesus faz uma analogia nos mostrando que existe uma necessidade profunda dentro da nossa alma, esse vazio ao qual sentimos, porque de fato, não vivemos sem a água da vida. 

Nós precisamos entender esta falta de sentido e de propósito, mesmo dentro da igreja, que é quando vivemos apenas de cerimonial, da mesma forma que aquele povo vivia; por isso Jesus chama esta ausência de Deus em nossa vida de sede. Não há lugar e nem cerimônia, em qualquer momento é onde Deus te encontra; neste relacionamento é quando somos preenchidos por Ele.

Você já sentiu essa sede? Você já sentiu a necessidade de Deus intervir na sua vida? Geralmente esses sentimentos aparecem em momentos de tragédias, mas não é disso que estamos falando, mas sim, do lugar em que permitidos o habitar do Espírito Santo e permitindo Ele marcar a sua vida com a Sua graça e misericórdia.

O Senhor Jesus se importa com cada um de nós, mas no meio de nossa autonomia, esquecemos desse cuidado e estamos morrendo de sede justamente por não compreendermos e não nos rendermos a soberania dEle.

Nosso dever é render-se, entregar o controle de nossas vidas e buscar a fonte da benção. Todas as formalidades da religiosidade não nos preenchem, não são suficientes, mas somente quando Jesus nos preenche é que sentimos o suprir e a cobertura de Deus. 

Todos nós precisamos de Jesus para viver, são momentos difíceis, os valores da sociedade estão se decompondo, as pessoas estão acreditando em situações absurdas e entram em lugares que são complicados de sair, de conseguir enxergar o que está a sua frente. Isso tudo são consequências de um povo que quer cavar sua própria cisterna ao invés de buscar a fonte de água viva. 

A proposta de Jesus é para que você abandone o seu “eu” e se ajoelhe dizendo: Jesus eu quero a tua água da vida.

O Senhor quer nos encontrar e nos prestigiar com bênçãos, transformando os nossos corações para que possamos beber desta água que não provém de coisas materiais, mas sim do derramar do Seu Espírito dentro de nós.

Que você esteja disposto a receber esta presença do Senhor.