A profundidade do ato de celebrar a ceia.

Pastor Ademir Miliavaca
Publicado em 16/01/2024

No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, os discípulos dirigiram-se a Jesus e lhe perguntaram: "Onde queres que preparemos a refeição da Páscoa?"

Ele respondeu dizendo que entrassem na cidade, procurassem um certo homem e lhe dissessem: "O Mestre diz: ‘O meu tempo está próximo. Vou celebrar a Páscoa com meus discípulos em sua casa". Os discípulos fizeram como Jesus os havia instruído e prepararam a Páscoa. Ao anoitecer, Jesus estava reclinado à mesa com os Doze.

E, enquanto estavam comendo, ele disse: "Digo-lhes que certamente um de vocês me trairá". Eles ficaram muito tristes e começaram a dizer-lhe, um após outro: "Com certeza não sou eu, Senhor! " Afirmou Jesus: "Aquele que comeu comigo do mesmo prato há de me trair.

O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito. Mas a idaquele que trai o Filho do homem! Melhor lhe seria não haver nascido". Então, Judas, que haveria de traí-lo, disse: "Com certeza não sou eu, Mestre! " Jesus afirmou: "Sim, é você". Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados. Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de meu Pai". Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.”
                                                    Mateus 26:17-30



Em Mateus 26, Jesus está profetizando sobre sua morte e ressurreição, destacando o propósito divino de amor infinito. Ele representa o próprio Filho enviado para ser nosso Cristo Redentor, demonstrando o amor do Pai. A intenção é de nos ensinar quanto a obediência ganha grande destaque com Jesus, na condição de homem, obedecendo livre e espontaneamente ao chamado divino. 

O nosso Deus valoriza a obediência, entendendo que, assim como Jesus obedeceu, somos chamados a viver uma vida semelhante à Palavra, às autoridades e em diversos aspectos da vida. O texto mergulha na experiência de Jesus no Getsêmani, destacando sua decisão humilde de enfrentar a cruz, mesmo tendo o poder de destruir tudo. Essa obediência resulta na dádiva da vida eterna, mesmo sem Jesus ter cometido pecados, se tornando um cordeiro imaculado na cruz.

Com a introdução da Santa Ceia, o texto propõe duas perguntas: "O que é a Ceia do Senhor?" e "Por que participar?". A resposta vem em forma de memorial, celebrando o sacrifício de Jesus, oferecido por Deus como o Cordeiro, encerrando a lei e inaugurando a graça. A ceia é vista como uma festa da sinceridade e verdade, onde se celebra a alegria de ter um Salvador; a gratidão é destacada, gerada pela obediência de Jesus, e a celebração se torna um encontro de comunhão amorosa entre todos os participantes.

Portanto, devemos compreender, não somente em nossas mentes, mas com toda a sinceridade em nossos corações, que a Ceia do Senhor é mais do que um rito religioso; é um momento profundo de reflexão, celebração e comunhão, onde se expressa gratidão pela dádiva da vida eterna através do sacrifício de Jesus.

Que possamos diariamente celebrar a Ceia do Senhor reafirmando que é por Ele que somos salvos.

Compartilhe em suas redes sociais