Pastor. Ademir Miliavaca
Publicado em 11/06/2024
“[...] Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos [...]”.
Mateus 5:1-12
Jesus, ao começar a sua vida pública, reuniu seus discípulos no monte e apresentou os valores do Reino de Deus. Ele também deseja nos apresentar as chaves essenciais, a fim de que possamos aprender como conquistar a verdadeira felicidade.
Assim, em Mateus 5:6, Jesus deseja nos mostrar a plena satisfação na sede da justiça, de modo que O coloquemos acima de tudo, a razão do nosso viver. Sabemos o quanto Deus se importa exclusivamente pelo nosso coração, em que habita exclusivamente a fome e a sede por Sua justiça.
Nós não compramos a justiça dEle em qualquer local; entretanto, o Espírito Santo é quem poderá nos saciar por completo, pois, do mesmo modo que necessitamos da água e do pão para saciar as nossas condições físicas, a mesma intensidade devemos ter pela justiça de Deus.
Quando passamos a nos desleixar em ler a palavra, tornamos-nos desagradáveis, preocupados, inconformados. Então, há a necessidade de sentirmos fome e sede para que possamos encontrar a plena felicidade em Deus. Por isso, reflita: o que você tem colocado dentro do seu coração? Lembre-se do que Jesus disse em Mateus 12:34: “[...] Pois a boca fala do que está cheio o coração!”.
Sentir fome e sede da palavra é a busca constante pela entrega ao evangelho, analisando as escrituras sagradas, para encontrarmos a plena justiça de Deus. A justiça que traz reconciliação, arrependimento, compreendendo que iremos errar, que não estamos num lugar de perfeição, sendo portanto, uma justiça que gera a paz com Deus e nos dá a paz de Deus.
O nosso espírito quando está sem alimento espiritual começa a definhar e a morrer; o fogo se apaga. A palavra de Deus é este alimento que sacia e incentiva a vida plena na justiça, esta mesma palavra é Aquela que dará respaldo para seus conflitos internos e externos, alimentando a nossa fé. A palavra de Deus é uma espécie de contrato social que temos com o Senhor, em que Ele apresenta as regras para a nossa vida, para uma boa convivência e uma plenitude nEle.
Jesus, ao afirmar esta bem aventurança, quer enfatizar o quão é importante para nós termos este alimento espiritual. Ele nos incentiva a termos fome e sede, um alto nível de desejo dentro nós e para tal temos dois níveis de justiça, sendo estes:
Então, quais serão as consequências em seguirmos a justiça de Deus? Seremos satisfeitos, fartos, iremos alcançar o que estamos ansiando, estando convictos que há necessidade em buscar a Deus, a jejuar, a congregarmos, a participar de ministérios e estender a mão ao nosso próximo. Independente da Lei, a justiça provém de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Romanos 3:21-26).
A justiça de Deus reflete a perfeição e a imparcialidade divinas, garantindo que cada indivíduo seja tratado de acordo com os princípios eternos de equidade e retidão. Diferente da justiça humana, que pode ser falha e influenciada por diversas imperfeições, a justiça divina é absoluta e inquestionável, servindo como um farol moral que guia os seres humanos em suas ações e decisões. Portanto, confiar na justiça de Deus é reconhecer a sabedoria e a benevolência do Criador, que, em sua infinita misericórdia e conhecimento, assegura que o bem e o mal recebam suas devidas recompensas e consequências, promovendo assim a harmonia e a ordem no universo.
Que possamos alcançar a completa satisfação na justiça divina, encontrando paz com Deus, confiando em Seu Filho, pois Ele é a verdadeira justiça.
Versículos citados:
- Amós 8:11;
- Mateus 12:34;
- 2 Coríntios 5:21;
- 2 Coríntios 5:10;
- Mateus 5:20;
- Mateus 25:35-40;
- Deuteronômio 10:17-19;
- Romanos 3:21-26;
- 2 Coríntios 5:17;
- Isaías 64:6;
- Romanos 5:1-2;
- Romanos 8:2;
- Atos 13:38-39.