Série “Quebre o ciclo”: Algo Para Crer

Pastor Ademir Miliavaca
Publicado em 14/02/2025

 

Versículo base: Tiago 1:2-25

 

Há uma situação que devemos falar: o ciclo dos vícios pecaminosos em nossa vida. Não é um assunto muito agradável de compartilhar, mas necessário. Quebrar o ciclo dos vícios pecaminosos, que escravizam as pessoas, principalmente dentro do mundo cristão, é um grande desafio para os dias atuais. 

Em Tiago 1:2-4, Tiago está nos convidando a enfrentarmos com alegria as adversidades, para que, com base na perseverança, sejamos maduros e íntegros. Já em Tiago 1:12-15, percebemos que todos nós seremos tratados por meio de desafios, mas que devemos perseverar até o fim, pois o pecado gera a morte, não importa quanto tempo demore. Por fim, em Tiago 1:21-25 vemos que a provação quando encarada com o entendimento do propósito de Deus para as nossas vidas gera uma experiência de aprendizado e um ganho maravilhoso de vida que resultará em alegria. A consequência é a perseverança, pois ela nos torna maduros e íntegros.

À medida que nos tornamos maduros na fé, por nossa própria maldade e por nossa própria tendência, entendemos e aceitamos o fato de que a tentação irá sempre nos rodear. E quando cedemos às tentações, assumimos o risco de pecar. E quando pecamos, por conta do vício, começamos a caminhar em direção à morte. 

O pecado repetido inúmeras vezes torna-se um vício muito difícil de ser quebrado. Só conseguimos nos libertar da escravidão do pecado praticando a Palavra de Deus. O pecado nos sequestra e nos torna escravos de nós mesmos (das nossas vontades, dos nossos prazeres etc.) e o resultado é uma vida infeliz. Quebrar o ciclo dos vícios pecaminosos exige estratégia, renúncia e fé. 

Uma das principais missões da Igreja, como Corpo de Cristo, é combater com muito rigor o pecado. A missão da Igreja é convidar a todos a nadar contra a maré da imoralidade sexual, da pornografia, dos jogos de azar, do uso de álcool e drogas, da glutonaria, da maledicência. O pecado é transformado, por meio do ato repetitivo, em uma obsessão. 

Quando pecamos, sem perceber estamos rodeados por Satanás e, então, temos um dono que governa as nossas vidas. Ele nos faz pecar constantemente e o pecado se torna vício. Esse é o processo inicial da morte. 

Do pecado ao fundo do poço, do pecado à morte espiritual, do pecado à escravidão: tudo é planejado pelos demônios para nos sequestrar e nos fazer obedecê-los. O objetivo do diabo é ganhar as batalhas da vida das pessoas, destruir suas raízes bíblicas. É tornar as pessoas obsessivas ao pecado provocando cegueira espiritual. O pecado coloca escamas em nossos olhos e, sorrateiramente, nos leva à morte eterna.

Assim como diz um ditado popular: “o pecado pode ser doce como o mel, mas as suas consequências são amargas como o fel.”. Renunciar ao pecado pode ser difícil e penoso, entretanto, as consequências de vencer o pecado são frutos de liberdade duradoura que resultarão em alegria permanente. 

Nossa cultura está sendo varrida por uma epidemia de vícios e sexo, gerada pela pornografia. Um verdadeiro incentivo à libertinagem e desprezo pela santidade. Famílias estão sendo destruídas de uma forma muito sutil com vidas sendo arrastadas pelo vício. O caráter de Cristo está sendo substituído, numa velocidade muito intensa, pela “podridão” que atende aos anseios da carnalidade humana.

Frequentemente, essa jornada longa e tortuosa do vício tem início através da curiosidade. Se temos internet em casa, temos um esgoto virtual à nossa disposição. E quando acessamos o esgoto, ele começa a entupir e exalar o seu fedor. Famílias precisam implantar regras e muito diálogo em suas casas para não perecer diante dessas coisas.

A caminhada do vício nasce, portanto, da exploração irresponsável e irreverente em uma família disfuncional onde Satanás tem mais facilidade em trabalhar. Por isso – para cobrir a dor, o vazio, a solidão e tantas outras coisas – as pessoas escapam, como fuga, para a bebida, as drogas, a pornografia etc. Outras pessoas buscam cobrir suas carências com excessos, como dinheiro e comida. O pecado passa a ser o senhor do viciado. 

A pessoa no vício deixa de lutar por pensar que não conseguirá deixá-lo. Então, procura escondê-lo a todo custo, pois entende que não há como desistir dele. O vício tem capacidade destrutiva. Se tem algo que o pecado nos ensina é que ele nos atrai com força total para mais longe do que poderíamos ir e com mais força do que poderíamos suportar e nos cobra além do que podemos pagar. 

O primeiro passo para vencer o pecado é confiar e crer em Jesus como Salvador, nascer de novo pela fé e tornar-se filho e filha de Deus. Como filhos, temos nossa dignidade devolvida e podemos desfrutar de uma vida de privilégios. Se acharmos que não temos esperança para vencer o pecado, estaremos acreditando na mentira do diabo. Nossa condição de filho é mais forte do que a nossa condição de escravo.

É preciso estar desesperado com a dor do pecado e da escravidão, pois somente essas pessoas são verdadeiramente libertas. Só um desesperado busca ajuda e consegue vencer a batalha. Precisamos crer que Jesus é mais forte do que a escravidão. Somos redimidos de forma completa. É o Filho que nos torna completamente livres. Jesus é a única saída. 

“Se o Filho os libertar, vocês serão, de fato, livres” (João 8:36)

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