Fazer as pazes com o seu passado (Parte 2)

Pastor Ademir Miliavaca
Publicado em 23/03/2025

Versículo base: Lucas 7:36-46

Entendemos anteriormente a importância de acertar nossas contas com o passado, pois, enquanto houver remorso e culpa em nosso interior, correntes nos impedirão de viver a plenitude da vida com Cristo. Enquanto não nos libertamos das coisas do passado, dificilmente conseguiremos plantar boas sementes em nossa vida agora, para que produzam frutos no futuro. Em resumo, compreendemos que, para ter uma vida em paz, é essencial sermos curados das feridas do passado.

Como Deus age em relação aos nossos erros? A Palavra nos ensina em Romanos 8:1-2 que "agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio Dele a lei do Espírito da vida me libertou da lei do pecado e da morte." Além disso, em 1 João 1:9, lemos que: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça." Todos nós cometemos erros no passado que gostaríamos de não ter cometido. Mas como está o estado da nossa alma? Sentimos apenas remorso ou nos arrependemos e vivemos na paz de Cristo?

A partir de que ponto o perdão se torna possível ou não? E aqueles que erram cem vezes? Muitos presumem que Deus não os perdoa moralmente, mas isso acontece porque não conhecem Sua misericórdia nem o poder do sacrifício de Jesus na cruz. Ele nos libertou do pecado e nos oferece perdão ilimitado quando há arrependimento genuíno. Precisamos ter um encontro verdadeiro com o Senhor e compreender a profundidade da graça manifesta no perdão de Jesus.

Em Lucas 7:36-46, encontramos a história de uma mulher que derramou perfume aos pés de Jesus, sem se preocupar com o que os outros pensariam. Seu ato foi uma expressão de amor, arrependimento e entrega, demonstrando que nada mais importa além de Jesus. Mas como Jesus pode dizer a uma mulher considerada imoral: "Vá em paz"? Quando há arrependimento, o Senhor restaura a nossa vida. Quando dependemos totalmente Nele, vivemos a graça e o amor restaurador de Deus. 

Três passos que podemos tirar da história de Lucas 7:36-37:

1. Ter coragem e ser transparente. 

O desejo de encontrar Jesus deve sempre ser maior que todas as coisas. Não importa as circunstâncias — quando entendemos quem Ele é, nada pode nos impedir.

A graça de Deus não arromba portas trancadas, não destrói fechaduras, nem invade nosso interior. Ela nos convida com amor e nos transforma quando escolhemos abrir o coração para Ele.

2. Enfrentar a dor (v.38)

Quando nos arrependemos, enfrentamos a dor. E quando choramos nossa dor, abrimos nosso coração para a cura. O arrependimento não é apenas um reconhecimento do erro, mas um processo de restauração, onde a graça de Deus entra e nos transforma, trazendo alívio e renovação.

3. Aceitar o perdão

Enquanto Simão relutou, aquela mulher aceitou o perdão. Ela se entregou à graça, sem hesitar. A graça, quando aceita, começa a nos limpar completamente, apagando os erros do passado e nos oferecendo uma nova oportunidade para viver em liberdade.

Quando Jesus diz: "Vá em paz!", Ele não apenas nos perdoa, mas também restaura nossa dignidade. Ele nos acolhe, independentemente dos nossos erros, e nos faz entender que, em Sua presença, somos restaurados, dignos de Seu amor e graça. 

Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo. Quando damos voz a satanás, saímos do caminho; mas quando permanecemos na presença de Jesus, Ele nos restaura e nos cura. 

A graça manifesta no perdão de Jesus nos leva a lugares de cura, a lugares de arrependimento, que nos conduzem aos pés da cruz e nos convidam a abandonar todas as coisas. E a Sua misericórdia nos leva a esquecer nossas dores, nos conduzindo a fluir na Sua palavra e a viver uma vida de prosperidade e paz.

“Você tem permitido que a graça de Jesus transforme suas dores e te conduza à paz? Ao estarmos em Sua presença, somos restaurados e guiados para uma vida de plenitude.”

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