Pastor Ademir Miliavaca
Publicado em 08/06/2025
Versículo base: João 15:1-17
Cremos que fomos redimidos e salvos, que Ele nos concede graça perdoa perdão dos pecados. Diante do nosso arrependimento, estamos limpos e escolhidos para viver a eternidade com Ele.
Por que Jesus usou a videira para falar sobre o fruto que permanece? No Antigo Testamento, as vinhas eram um símbolo muito conhecido pelo povo de Israel. Elas representavam a nação que foi plantada por Deus com o propósito de dar frutos. No entanto, muitas vezes essa vinha se mostrou infiel, produzindo frutos ruins ou nenhum fruto.
No Novo Testamento, Jesus se revela como a videira verdadeira. Ele é a fonte da vida, e para produzir frutos que agradam a Deus e perduram para a eternidade, precisamos estar ligados a Ele.
Deus é o lavrador, e nós somos os ramos ligados ao tronco, que é Jesus. Alguns ramos estão saudáveis e frutíferos; outros passam pela poda para que produzam ainda mais frutos.
Para garantir uma produção máxima, a Palavra diz que o lavrador — Deus — remove os ramos secos, infrutíferos, que apenas consomem a seiva da videira, mas não produzem frutos. Essa poda é necessária para que a vida flua plenamente nos ramos que realmente frutificam.
Quando temos um fruto sadio, conseguimos alimentar aqueles que precisam, os que carecem de vida, esperança e direção. A fecundidade, dar frutos, é o propósito primário de Deus para nós: na criação, na redenção e no chamado que recebemos. Fomos criados para frutificar, redimidos e chamados para frutificar.
Frutos não saudáveis, produzidos por acomodações, egoísmo ou uma fé morna, são evidências da ausência do verdadeiro amor. Mas Jesus nos lembra, em João 15:17: “Amem uns aos outros.” Amar ao próximo é um fruto que permanece, pois revela que estamos ligados à videira verdadeira e que o amor de Cristo está em nós. Alguns princípios e condições para frutificar:
Mesmo na velhice, o justo continua frutificando. Isso mostra que a frutificação não depende apenas da fase da vida, mas de uma conexão constante com Deus.
O fruto que vem de Deus não é passageiro nem sazonal. Ele é contínuo, constante, e alimenta muitos.
A boa terra representa um coração receptivo, humilde e obediente à Palavra de Deus. Em Mateus 13, Jesus ensina que só o solo fértil, que ouve, entende e pratica, produz fruto, e em abundância.
Essas qualidades refletem Cristo e são evidências claras da ação Espírito Santo em nós.
O fruto do Espírito é luz, manifestando bondade, justiça e verdade em sua pureza. É um fruto sem manchas, refletindo a santidade e perfeição de Deus em nossa vida.
A verdadeira sabedoria que vem do céu é pura, pacífica e cheia de misericórdia.
Quem permanece conectado à fonte da vida, é constantemente renovado e capacitado para produzir frutos abundantes e saudáveis.
Permanecer no amor de Jesus é mais do que uma escolha, é um chamado à comunhão contínua, à transformação diária e à frutificação eterna. Quando estamos ligados à verdadeira Videira, nossa vida se torna um testemunho vivo da graça, da verdade e do poder de Deus. O fruto que permanece nasce da obediência, floresce na perseverança e revela, em cada estação, a glória do Pai.
O fruto que permanece é a prova silenciosa de que estamos enraizados no amor que nunca passa.