Versículo base: João 14:27

Muitos bloqueiam a possibilidade de se entregar a Deus; muitos, mesmo dentro da igreja, vivem um relacionamento bastante raso, porque não querem aprofundar a sua intimidade - já que isso significa compromisso, aliança. 

O medo, em muitos aspectos, gera essa resistência indomável. E um dos medos que impede a entrega total é o “medo de não viver”, o medo de não poder viver as coisas e os prazeres do mundo. Esse medo nos impede de viver uma intimidade profunda com Deus. Em João 14:27, Jesus diz: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo”. 

O diabo entra em nossas vidas e mina a nossa confiança em Deus por meio do medo, inclusive dentro da igreja. Na medida que crescemos em intimidade com Deus, maiores são os seus ataques e seu desejo é subtrair a presença de Deus em nossas vidas. Somente assim ele poderá roubar, matar e destruir (João 10:10).

Se de um lado Deus propõe uma vida de paz, do outro lado está Satanás lutando o tempo todo para aumentar o número de seus seguidores e da população do inferno. Uma das maiores estratégias do diabo é colocar medo nas pessoas, especialmente nos cristãos. Porém, em muitos trechos da Bíblia, Jesus nos diz: Não tenhais medo!

Estruturas não cristocêntricas costumam gerar medos e inseguranças nas pessoas; é o caso de igrejas que não se centram em Deus, que fazem estragos nas consciências dos indivíduos. Jesus, por sua vez, alimentava um clima de confiança no Pai.

Muitas pessoas não vêm a Jesus por medo de não poder mais viver a sua vida; são atraídas para Jesus, frequentam a igreja, porém não conseguem ter um nível de intimidade com Deus por medo! Medo de ficar pobre, medo de não poder viver prazeres do mundo, medo de “perder” contatos ou se indispor com a família… o medo pode ter um lado positivo, pois pode nos proteger em algumas situações, e, portanto, faz parte do ser humano; porém, é necessário um equilíbrio.

Nossa vida depende de como alimentamos o medo e a confiança. O medo é o oposto da confiança e em nosso cérebro eles ocupam o mesmo lugar; portanto, quando alimentamos um, diminuímos o outro. 

O medo é um câncer que ameaça a nossa fé. Ele mata a criatividade, destrói a confiança e derrete completamente a fé. O medo encolhe o ser humano e bloqueia os movimentos em direção aos planos que Deus tem para cada um de nós. Ele nos faz nos refugiar em uma fé que não arrisca nada.

Para entendermos a palavra de Jesus, precisamos entender nossa vida como doação de si para o bem dos outros. O medo abafa essa coragem! Quem é capaz de sentir compaixão, bondade, mansidão, não se deixa afetar pelo medo. Só os corajosos exalam o fruto do Espírito. Há pessoas com tanto medo de perder o ter, que não liberam o ser.

Aquele que tem fé sabe que por maior que seja o motivo para temer, sempre será maior o motivo para confiar. O amor é a essência do nosso ser cristão. “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4:18).

No dia a dia, você alimenta mais medo ou confiança?